Após três anos da morte de Weder Batista de Souza dentro de uma cela da Delegacia de Santa Rosa do Purus, no interior do Acre, o Ministério Público Estadual (MP-AC) arquivou a ação que apurava a morte dele.
O órgão informou que arquivou a ação por concluir que Souza foi quem ateou fogo no colchão. O homem tinha sido detido em julho de 2017, suspeito de roubar uma cabeça de alho e por ameaçar um comerciante, quando botou fogo no colchão que estava dentro da cela e teve cerca de 60% do corpo queimado.
Na época do crime, a polícia informou que a vítima tinha sido presa por ameaça e enquanto o policial começava a fazer o boletim de ocorrência percebeu que o colchão estava em chamas.
O MP disse que ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital consciente, mas, não resistiu e morreu antes de ser transferido para o hospital na capital acreana, Rio Branco.
“Ante a iminente apreensão, os policiais revistaram a vítima quando, então, notaram a presença de um isqueiro, além de uma carteira de documentos e um óculos de sol, sendo que tais pertences continuaram com Weder até o momento que este entrou na cela e permaneceu só de cueca”, aponta o documento o despacho do MP.
Após entrar na cela, ele tirou a roupa e ficou apenas de cueca, mas, o material teria ficado próximo à cela e, quando o policial saiu, acredita-se que ele conseguiu pegar o isqueiro e queimar o colchão.
Ainda conforme as informações do MP, 11 testemunhas foram ouvidas e pelo menos seis teriam informado que a vítima antes de morrer teria dito que a intenção ao atear fogo no colchão era de apenas chamar atenção dos policiais.
O MP acrescentou ainda que não é possível afirmar que o homem tenha cometido suicídio, já que a intenção dele ao atear fogo era de apenas ser retirado da cela da delegacia.
Via G1 AC