Enfermeiros, médicos, técnicos em enfermagem e outros profissionais do Hospital Raimundo Chaar, em Brasileia, interior do Acre, fizeram um protesto para denunciar a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e pedir mais funcionários para a unidade. O ato ocorreu nesta sexta-feira (8).
Com faixas e cartazes, os profissionais chamaram a atenção das autoridades para a falta de estrutura para atender os pacientes.
Em vídeo, divulgado pelos profissionais, servidores da ala separada para atender pacientes com sintomas do novo coronavírus afirmam que fica um profissional por plantão porque não tem equipe para atender a demanda.
A cidade de Brasileia não tem nenhum caso de Covid-19 confirmado. Porém, há dois casos em análise.
“Saiu um vídeo de um servidor fazendo essa denúncia, mas depois saiu uma matéria desmentindo ele. Então, resolvemos reforçar e mostrar na prática que não estamos mentindo. Tem um déficit muito grande de profissionais, foram afastados 13 técnicos por serem do grupo de risco. No setor da Covid-19, só fica um técnico por plantão. Tem déficit de médicos, enfermeiros, as psicológas foram afastadas. São vários problemas”, disse uma servidora que não quer ser identificada.
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) afirmou que foram enviados EPIs para a unidade de saúde recentemente.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, afirmou que representantes do sindicato estiveram na unidade recentemente para apurar as denúncias de falta de estrutura. Já em conversa com a Sesacre, foi garantido que seriam enviados profissionais para a unidade, mas até esta sexta o quadro de funcionários permanecia com déficit.
“No hospital tem em média 110 profissionais, mas o déficit de técnicos em enfermagem chega a 20 profissionais para atendimentos de covid-19 e os atendimentos normais. Fizemos uma visita e constatamos a falta de profissionais e de equipamentos. A Sesacre se comprometeu a contratar mais profissionais para lá, principalmente com essas condições em que estamos. Era para enviar em 15 dias, mas, até hoje, não foi ninguém”, lamentou.
Por Aline Nascimento, G1 AC