Caso ocorreu em Rodrigues Alves, no interior do Acre. Prédio foi deixado após assessores atenderem grupo.
Um grupo de moradores das comunidades Profeta e Treze de Maio se reuniu, nesta quarta-feira (24), em frente a prefeitura da Rodrigues Alves, interior do Acre, para reivindicar a recuperação do ramal que dá acesso as duas comunidades.
A população reclama que, em poucos dias que começou o período de chuva, a estrada de apenas seis quilômetros já não possibilita o tráfego de veículos.
Mais de 50 pessoas fizeram parte do protesto que teve início às 6h. O grupo chegou a impedir a entrada dos servidores da prefeitura no início da manhã colocando pedaços de madeira no portão da garagem, mas liberaram depois de uma conversa com policiais militares.
As lideranças das comunidades exigem a presença do prefeito para apresentar a solicitação. Segundo o diretor da escola do Profeta, Tibério Bezerra, a prefeitura fez a recuperação do ramal no início do período de estiagem, mas, com as primeiras chuvas a estrada ficou intrafegável.
“Foi arrumado quase no início do ano, mas já não dá mais trafegabilidade. A gente está passando muita dificuldade para chegar à escola. Estamos sofrendo com o início do inverno. Gostaríamos que dessem uma arrumada, porque os meninos já vieram e não conseguiram falar com o prefeito. Mas, agora só vamos sair quando conversarmos com ele”, disse o diretor.
Segundo os moradores, as condições do ramal prejudicam, tanto o escoamento da produção agrícola, como o acesso das instituições que prestam serviços essências.
“Lá tem pessoas na cadeira de rodas, tem mais de 12 pessoas deficientes. À noite quando um adoece não tem como você ir buscar. Nós moramos numa terra firme muito alta que é ruim o acesso tanto para subir como para descer. Até a polícia, com a bandidagem que te lá, já aconteceu muito caso que ela não vai. Não é porque não quer é porque não dá condições de entrar lá”, alertou o agricultor José Nonato.
A assessoria de comunicação da Prefeitura de Rodrigues Alves informou que os moradores teriam enviado ofício nesta terça (23), solicitando uma reunião com o prefeito Sebastião Correia na manhã desta quarta-feira (24), mas alega que o prefeito não tomou conhecimento do documento que chegou à prefeitura e o gestor não estava na prefeitura no momento do protesto.
Os moradores tiveram uma reunião com assessores do prefeito e agendaram uma reunião com Correia para às 10h desta quinta-feira (25) para discutir sobre as condições do ramal.
Por Mazinho Rogério/G1