Com acesso apenas por barcos ou avião, a cidade de Marechal Thaumaturgo, no interior do Acre, determinou toque de recolher a partir das 20 horas, delivery em todos os comércios essenciais e multa para quem estiver circulando nas ruas com sintomas de Covid-19.
As restrições foram acertadas em uma reunião com a prefeitura, comerciantes, polícia e outras autoridades do município na quarta-feira (13). As medidas são válidas por 15 dias, com exceção do barco que abastece com mercadorias de Cruzeiro do Sul os comércios locais. As viagens da embarcação estão suspensos apenas por dez dias.
O decreto com todas as medidas deve ser publicado no Diário Oficial do Acre (DOE) desta sexta-feira (15), porém, o documento já foi elaborado e todas as regras para evitar a proliferação do novo coronavírus na cidade já foram definidas.
O documento determina também o uso de máscaras para quem precisar sair de casa, proibição de viagens para a zona rural e entrada de pessoas dessas regiões na parte urbana e aglomerações em praças e prédios.
Em caso de descumprimento, a polícia vai autuar essas pessoas para controlar a circulação nas ruas. As multas variam de R$ 2 mil, com infrações leves, e até R$ 1,5 milhão em casos mais graves.
Marechal Thaumaturgo é uma das três cidades do Acre de difícil acesso. Para chegar ao município, é possível apenas pelo rio de barco ou de avião pequenos.
O boletim da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), de quarta, apontou que a cidade tem três casos confirmados. Porém, a prefeitura afirmou que foram feitos mais testes rápidos e o número de infectados saltou para oito, com mais nove em análise.
“Toque de recolher a partir das 20h, todos os comércios vão atender com entregas, alguns vão fechar. O pessoal já começou a fazer isso ontem [quarta, 13] depois da reunião. Sobre a circulação de pessoas, vão autuar com multas e fiscalizar. Quem tiver com sintomas vai assinar um termo e, caso haja a circulação na rua, a polícia vai fiscalizar, multar e vai responder processo administrativo, de acordo com a lei da OMS e do Ministério da Saúde”, frisou o prefeito da cidade, Isaac Piyãko.
Por Aline Nascimento, G1 AC