Investigação confirmou hipótese de vários países, de que míssil abateu Boeing e matou 176 pessoas na quarta-feira (8). Segundo comunicado, foguete foi disparado por erro humano.
O Irã anunciou neste sábado (11) que seus militares derrubaram sem intenção o avião ucraniano que caiu na quarta-feira (8) perto de Teerã. Na tragédia morreram 176 pessoas. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, chamou o desastre de “erro imperdoável”.
Operador tomou ‘má decisão’
Amir Ali Hajizadeh, o comandante das forças aeroespaciais, afirmou que a Guarda Revolucionária aceita a responsabilidade plena pelo incidente.
A Guarda Revolucionaria explicou que o operador do sistema de defesa confundiu o avião com um míssil de cruzeiro.
O avião foi derrubado por um míssil de curto alcance, segundo ele.
“Eu desejo que pudesse morrer sem testemunhar um acidente como esse”, disse Hajizadeh. “Naquela noite estávamos prontos para uma guerra total”, disse ele. As unidades de defesa estavam em alerta e havia reforço ao redor de Teerã.
A Guarda Revolucionária havia pedido para que aviões comerciais não voassem, mas o pedido não foi cumprido, de acordo com ele. Hajizadeh relatou que na própria quarta (8) ele já tinha conhecimento de como se deu a derrubada.
“Eu informei as autoridades, eles precisavam examinar e checar o acidente; daí, isso foi para (os superiores militares) que agiram rapidamente e dentro de 48 horas essas checagens foram feitas”, disse.
Líderes dizem que vão investigar de quem é a culpa
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, escreveu em uma rede social que uma investigação interna das Forças Armadas concluiu que a aeronave foi abatida por mísseis. Segundo o líder do Irã, as apurações sobre “essa grande tragédia e erro imperdoável” continuam.
O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, manifestou seus “profundos sentimentos” às famílias das vítimas e pediu para que as forças armadas “busquem os erros prováveis e a culpa no incidente doloroso”.
Rouhani também declarou que seu país “lamenta profundamente”. As Forças Armadas iranianas prestaram condolências a todas os parentes das vítimas. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Zarif, também disse lamentar profundamente e pediu desculpas às famílias e aos mortos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobrou um pedido oficial de desculpas de Teerã e pediu que as investigações sobre o desastre continuem.
Por G1