A família do jovem João Vianes Lustosa da Silva, de 29 anos, acusa um médico que atua no Posto de Saúde da 25 de agosto de receitar os remédios ‘cloroquina e eritromicina’ para tratar ‘Covid-19’, mesmo sem ter realizado o teste rápido no paciente. De acordo com a irmã do jovem, Gleice Bezerra, após as primeiras doses o jovem começou a apresentar pioras. Com um exame realizado em outra unidade de saúde, a família descobriu que o jovem estava com dengue. Segundo ela, os remédios prescritos pelo primeiro médico agravaram o quadro do paciente.
“Ele começou a ficar cansado, com falta de ar, fraco e com aperto no peito. Antes ele tinha dores nas costas, nas articulações, e diarreias e febre de 40 graus. Ao ligar para ele e ouvir a voz ofegante e cansada pedi que suspendesse a cloroquina o mais rápido possível. Liguei para minha cunhada e ela informou que ele não tinha dormido nada, porque tinha muita dificuldade para respirar, cansaço e fraco”, contou a irmã Gleice Bezerra.
Segundo ela, no primeiro atendimento na unidade da 25 de agosto, o paciente foi informado que não haviam mais testes rápidos para população em geral, apenas para saúde e pacientes da zona de risco.
“Mesmo não sabendo a doença do meu irmão, já o diagnosticou com Covid-19 e receitou cloroquina e eritromicina. Depois das primeiras doses, ele começou a piorar. Tudo o que ele estava sentindo aumentou do dia para a noite. Foram apenas dois dias e meio tomando a medicação. Na quinta-feira, ele já não estava conseguindo nem falar muito tempo no celular”, lembrou.
Gleisse relatou em um desabafo nas redes sociais, que começou a desconfiar que algo estava errado no diagnóstico, tendo em vista que o irmão mesmo jovem, sem doenças preexistentes, já tendo sido jogador de futebol apresentava todos os sintomas agravados, levando a procurar novamente atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde realizou o teste rápido para Covid-19, com resultado negativo, e o de dengue apontou positivo.
“Eles também fizeram a sorologia , a contraprova, que sairá daqui uns dias. Eles estavam tratando a covid-19, com a medicação da malária, mas a doença era outra, a dengue. Iam matar um pai de família, trabalhador e muito do bem”, finalizou a irmã.
A reportagem do site Juruá Online entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, que informou que irá se manifestar sobre o assunto posteriormente. Abaixo as imagens dos exames e das receitas:
Por Juruá Online