Para sair de casa, a família da pequena Lívia Lorrana Lima, de 10 anos, depende de um trapiche que foi construído há quatro anos. Como a estrutura de madeira está comprometida, a Lívia, que é cadeirante, está há mais um mês sem frequentar a escola por não ter como sair de casa.
A mãe da menina, Luzia Lima, conta que com as cheias do Rio Juruá, a madeira do trapiche, que foi atingida pela água, se estragou e partes da estrutura está caindo. Por conta disso, ela só consegue sair com a filha de casa se for com a ajuda de outras pessoas.
“Sozinha eu não consigo sair com ela. Se eu estiver só em casa, fico direto com ela porque não tenho como passar por esses buracos que tem no trapiche”, diz a mãe.
Por conta disso, a Lívia, que está no 5º ano do ensino fundamental, não vai à escola desde março. “A escola é perto, mas, como não consigo sair com ela todos os dias, ela está sem ir para a aula. Tenho medo de cair com ela. Estou pedindo que me ajudem com esse trapiche, porque não tenho condições de reconstruir e preciso sair de casa com minha filha”, pede Luzia.
Além da casa da Lívia, mais sete famílias dependem do trapiche para ter acesso as suas moradias. Segundo os moradores, muitas pessoas já chegaram a cair ao passar pelo local.
O secretário de obras do município, Gemil Júnior, disse que uma equipe de servidores será enviada ao local para verificar as condições do trapiche e para avaliar quais providência serão tomadas para resolver o problema da família da Lívia e dos outros moradores.
Por Mazinho Rogério/G1