A morte de uma criança de 5 anos é investigada pela Polícia Civil de Sena Madureira, interior do Acre. Isso porque a menina deu entrada no Hospital João Câncio com um ferimento na cabeça e a equipe acionou a polícia.
A assistência social da unidade informou a reportagem que a criança já chegou sem vida no hospital na quinta-feira (13). Ela foi levada por uma tia, após se machucar na Comunidade do Brejo, no Rio Caeté, zona rural de Sena Madureira.
O corpo da menina foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco para exames cadavéricos para saber a causa exata da morte.
“O hospital chamou a polícia por não ter certeza da causa da morte. Não temos, infelizmente, o que declarar sobre isso porque o laudo da morte não saiu. A médica também pediu para ligar para a polícia porque não tinha total certeza do que tinha acontecido, então, não poderia atestar um óbito que havia dúvida. Por isso, foi encaminhado para Rio Branco”, explicou a assistente social Nildete Lira.
O delegado Marcos Frank, responsável pela Delegacia de Sena Madureira, falou que ainda não tem muita informação sobre o caso. Ele diz esperar o resultado dos exames feitos no IML de Rio Branco para saber exatamente o que houve com a menina.
Controversas
A assistente social acrescentou que a criança foi levada, ainda com vida, por uma tia à unidade. Ela saiu da comunidade de canoa até o porto da cidade. De lá, foi para o hospital em um carro do Corpo de Bombeiros.
Ao ser questionada sobre a morte, a parente disse que uma espingarda teria caído em cima da cabeça da criança, que se desequilibrou e caiu em um moinho, batendo a cabeça.
“Ela tinha mesmo um ferimento, a médica constatou um edema, mas não foi tiro. Não souberam explicar se o ferimento foi por conta da queda da espingarda na cabeça ou dessa outra queda. A pessoa que informou foi uma tia, que não estava presente no momento do acidente. Alegaram que foi um acidente. A tia levou a criança, mas solicitamos que a família viesse com a documentação para prestar alguns esclarecimentos”, contou.
A família alegou que a criança saiu da comunidade com vida. Porém, durante a viagem foi percebido que a menina não respirava mais. Os parentes afirmaram também que os pais não acompanharam a tia até a cidade porque estavam bastantes abalados.
“Ligamos para a família e veio um avô, que estava no local, e a mãe, que disse estar na cidade no momento [do acidente]. Teve uma pouco de controversa. Primeiro a mãe estava no local, em outro momento não estava. Mas, ela não chegou junto com a criança, só a tia.
Diante das dúvidas, a equipe do hospital acionou a Polícia Civil para investigar o caso. “Cuidamos da parte de assistir a família e acionamos o Conselho Tutelar, que foram lá, e depois ligaram para a Polícia Civil”, reafirmou.
Por Aline Nascimento, do G1