Clínico geral que fazia cirurgias cesarianas parou de fazer os procedimentos no dia 1º de setembro.
O Hospital de Feijó, no interior do Acre, começou o mês de setembro sem fazer partos por meio de cesarianas no hospital e maternidade da cidade por falta de médicos para realizar os procedimentos.
O médico clínico geral Romell Calderón disse que há dois anos ele fazia as cirurgias sozinho, mas, no dia 1º de setembro, decidiu não fazer mais os procedimentos por estar sobrecarregado.
“O problema é sobre a falta de cesarianas que sempre foi feita por clínicos gerais. O finado doutor Rosaldo Aguiar, mais conhecido como Baba, que operava e eu. Depois que o doutor Baba morreu, fiquei sozinho a cargo da cidade toda por dois anos. Agora me afastei de operar porque não veio por parte da Sesacre reconhecimento por meus esforços para que as crianças feijoenses nasçam na cidade”, relatou.
O médico disse que a carga horária dele passou a ser feita mais no hospital do que na maternidade e que ele resolveu abrir mão das cirurgias.
O diretor do hospital, Carlos Nogueira, confirmou que a unidade de saúde ficou um período sem fazer as cirurgias, mas que já chegou reforço na cidade e as cirurgias já foram retomadas.
“O que aconteceu é que diminuiu, mas já chegou um médico que está aqui conosco e veio um pessoal de Rio Branco que está nos ajudando, tudo vai ser normalizado. As crianças estão nascendo aqui e acontece de um ou outro a gente precisar levar para Cruzeiro do Sul”, afirmou.
O diretor disse que o obstetra chegou nessa terça-feira (8) para auxiliar nos atendimentos e afirma que são poucos médicos para muitas pessoas e que a situação de Covid-19 acabou sobrecarregando os profissionais.
A reportagem não obteve resposta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) até a última atualização desta reportagem.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC