Quando os adolescentes Amanda Paiva (14) e Thauan Oliveira (16 ) aceitaram o convite para participar da comemoração de aniversário do conhecido de uma amiga, jamais imaginavam que estavam indo para a casa de Leonardo de Albuquerque Carvalho, um dos chefes de facção do bairro Segundo Distrito, em Sena Madureira (AC).
Os adolescente não imaginavam, também, que os gestos feitos por eles em algumas fotos postadas nas redes sociais significavam o símbolo que identifica os membros da facção rival. Era a senha para localizar bandidos que estariam na mesma festa com eles naquela noite do dia 20 do mês passado.
E foram, justamente, as fotos postadas na internet pela garota que levaram os bandidos a desconfiarem que ela e o amigo pertenciam à facção inimiga e estavam ali infiltrados para espiona-los.
Tão logo os jovens foram vistos no meio dos convidados, já teria sido levado para um local isolado e submetidos a sessões de torturas para confessarem o que faziam naquela festa.
Os carrascos do casal teriam usado os telefones das próprias vítimas para acessarem as redes sociais delas e baixarem as fotos que usariam como argumento para matá-los.
A garota teria respondido, por diversas vezes, que não sabia do que se tratava.
Mas, sem conseguir convencer seus “interrogadores” de que era inocente, passou a ser submetida a sessões de tortura física cada vez mais brutais.
Consta no inquérito policial que Amanda teve um dos mamilos arrancados, provavelmente por alicate de cortar unhas. ” Ela sofreu, também, várias facadas no bumbum durante as sessões de tortura” disse ao acjornal um policial que teve acesso ao laudo pericial do corpo da adolescente.
Uma das acusadas de envolvimento no crime teria revelado à polícia que Amanda recebeu várias coronhadas na cabeça para confessar que pertencia a uma facção rival.
“Isso explica os afundamentos do crânio citados no exame cadavérico da vítima”, observa um dos policias que trabalham no caso.
A garota ainda teria sido obrigada pelos bandidos a assistir o amigo ser torturado, sentenciado à morte e executado.
Segundo a polícia técnica acreana, Thawan Oliveira teria sido esfaqueado 16 vezes nas costas enquanto era “interrogado” pelos bandidos.
Em seguida teve o corpo mutilado a golpes de facão e foi degolado.
A mesma barbárie teria sido cometida, também, contra Amanda horas depois do assassinato do amigo.
Os corpos deles foram encontrados, dois dias depois, enterrados em uma cova rasa em uma região de floresta nos fundos do bairro Segundo Distrito.
As informações são do Ac Jornal