Moradores do Ramal Pentecostes, em Cruzeiro do Sul, fecharam uma das estradas que dá acesso ao município em protesto contra a falta de água.
Ramal do Pentecostes, em Cruzeiro do Sul, foi bloqueado por moradores da Vila Santa Luzia durante toda a manhã desta segunda-feira (17).
Moradores de ramal protestam contra a falta de água (Foto: Mona Moura/Rede Amazônica Acre) |
Os moradores liberaram a via às 11h, após o secretário de Obras do município, Ilson Enes, ir até o local negociar. Enes informou que a prefeitura está cuidando da regularização de terras para implementar o sistema de água nas comunidades.
Com pedaços de madeiras, a estrada foi bloqueada e os moradores afirmavam que só iriam liberar o tráfego depois que a prefeitura garantisse a construção de outra unidade de abastecimento de água para a comunidade. Segundo os manifestantes, mais de 50 famílias passam necessidade sem ter água. Eles alegam que na vila tem apenas um poço artesiano, que não atende nem a metade das residências.
“Estamos há seis anos esperando e até agora só tivemos promessas. Desde a gestão anterior que prometeram que teriam recursos para construir outro poço e até agora nada foi resolvido”, disse o presidente da Associação dos Produtores da vila, Eudes Paiva.
Na sede da Vila Santa Luzia do Pentecostes moram 77 famílias. De acordo com a associação, apenas 25 casas estão interligadas ao sistema simplificado de abastecimento da prefeitura. As outras 52 dependem de água de cacimbas ou açudes para as necessidades domésticas.
“Só para se ter uma ideia do problema, teve um senhora que estava com câncer aqui na vila e teve que ser levada para outra comunidade porque aqui a família não teve como cuidar dela nos últimos momentos de sua vida, pois não tinha água em casa”, afirmou o representante da Central Única dos Trabalhadores em Cruzeiro do Sul, Jairo Benitez.
Sistema deve ser normalizado em até 45 dias
O secretário de Obras falou que no máximo em 30 ou 45 dias todo o trâmite de regularização do local deve ser feito e, após isso, a comunidade vai receber água normalmente.“A prefeitura está cuidando da regularização de terras para implementação de água nas comunidades e, como é um convênio com a Funasa, não pode ser colocado em qualquer lugar. Esse local era o único que estava faltando documento, porque o pessoal doa e desiste. Na quinta (13), um rapaz fez a doação. Agora temos que ir ao cartório registrar, pois a Funasa precisa de um documento comprobatório que o documento é da prefeitura”, garantiu Enes.
Por Mazinho Rogério/G1
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