Dados da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) em Cruzeiro do Sul mostram que, na segunda maior cidade do Acre, foram registrados 15 casos de estupro desde janeiro até o dia 25 de junho deste ano.
Dados da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) em Cruzeiro do Sul mostram que, na segunda maior cidade do Acre, foram registrados 15 casos de estupro desde janeiro até o dia 25 de junho deste ano.
O delegado responsável temporariamente pela unidade, Lindomar Ventura, explica que as investigações de crimes de estupro são delicadas e que precisam de um atenção psicossocial às vítimas.
“A gente sabe que tem muito caso encoberto. Às vezes, a gente recebe denúncias anônimas e, nesse caso, o inquérito é mais demorado. Porque muitas vezes você tem que convencer a vítima a denunciar e se a vítima for criança ainda é mais complicado. Em muitos casos, a própria vítima não consegue falar a respeito, porque pode ser uma agressão que vem de alguém próximo, de dentro de casa, que frequenta o local e que não desperta nenhuma suspeita a princípio”, destaca Ventura.
Em 2016, segundo a polícia, foram 28 casos registrados e em 80% deles, o agressor é alguém próximo à vítima. “É alguém que tema acesso e a família leva como natural, porque é uma pessoa próxima. Pode ser um vizinho, que tem esse contato e, às vezes, a família não nota. Quando vai perceber já aconteceu mais de uma vez até”, alerta o delegado.
A partir do momento em que a polícia recebe uma denúncia de abuso sexual, é iniciada uma investigação. A complexidade do caso reflete no tempo em que a Polícia Civil leva para finalizar o inquérito e mandá-lo para o Judiciário.
“Sempre que tomamos conhecimento dos fatos, a equipe apura e a vítima passa a ter um atendimento diferenciado, porque o tempo é importante em questão de estupro, a coleta de material como prova é muito importante. A vítima logo é encaminhada ao Instituto Médico Legal [IML), faz o exame de conjunção carnal, coleta de material e fazemos o atendimento psicossocial que atende a família inteira”, enfatiza.
Os casos de flagrante são os mais rápidos, segundo o delegado. Isso porque a polícia tem acesso às provas e pode orientar a vítima. No geral, em casos assim, o inquérito leva até três dias para ser encaminhado ao Judiciário. Porém, em casos de denúncia anônima ou até de vítimas que não constantemente abusadas e têm medo de denunciar, esse prazo para a finalização do inquérito pode aumentar para dez dias.
“Em casos onde há dúvidas da autoria, o processo é mais demorado. Mas, o importante é que a vítima denuncie e que a gente consiga acompanhá-la de uma forma que o crime seja elucidado”, finaliza. Via G1
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Casos foram registrados em Cruzeiro do Sul (Foto: Vanísia Nery/G1) |
“A gente sabe que tem muito caso encoberto. Às vezes, a gente recebe denúncias anônimas e, nesse caso, o inquérito é mais demorado. Porque muitas vezes você tem que convencer a vítima a denunciar e se a vítima for criança ainda é mais complicado. Em muitos casos, a própria vítima não consegue falar a respeito, porque pode ser uma agressão que vem de alguém próximo, de dentro de casa, que frequenta o local e que não desperta nenhuma suspeita a princípio”, destaca Ventura.
Em 2016, segundo a polícia, foram 28 casos registrados e em 80% deles, o agressor é alguém próximo à vítima. “É alguém que tema acesso e a família leva como natural, porque é uma pessoa próxima. Pode ser um vizinho, que tem esse contato e, às vezes, a família não nota. Quando vai perceber já aconteceu mais de uma vez até”, alerta o delegado.
A partir do momento em que a polícia recebe uma denúncia de abuso sexual, é iniciada uma investigação. A complexidade do caso reflete no tempo em que a Polícia Civil leva para finalizar o inquérito e mandá-lo para o Judiciário.
“Sempre que tomamos conhecimento dos fatos, a equipe apura e a vítima passa a ter um atendimento diferenciado, porque o tempo é importante em questão de estupro, a coleta de material como prova é muito importante. A vítima logo é encaminhada ao Instituto Médico Legal [IML), faz o exame de conjunção carnal, coleta de material e fazemos o atendimento psicossocial que atende a família inteira”, enfatiza.
Os casos de flagrante são os mais rápidos, segundo o delegado. Isso porque a polícia tem acesso às provas e pode orientar a vítima. No geral, em casos assim, o inquérito leva até três dias para ser encaminhado ao Judiciário. Porém, em casos de denúncia anônima ou até de vítimas que não constantemente abusadas e têm medo de denunciar, esse prazo para a finalização do inquérito pode aumentar para dez dias.
“Em casos onde há dúvidas da autoria, o processo é mais demorado. Mas, o importante é que a vítima denuncie e que a gente consiga acompanhá-la de uma forma que o crime seja elucidado”, finaliza. Via G1
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