As constantes quedas do serviço de internet em Cruzeiro do Sul são alvo de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) na cidade.
As constantes quedas do serviço de internet em Cruzeiro do Sul são alvo de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) na cidade. O promotor Wendy Takao afirma que a investigação corre há mais de dois anos, mas ainda não houve decisão judicial. O órgão fez uma solicitação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de relatórios sobre quedas e medidas adotadas de fiscalização.

Dono de uma agência de viagem, Elder Mesquita reclama que os finais de semana, período em que as quedas são mais frequentes, são mais difíceis de manter o estabelecimento em funcionamento. Ele fala que os clientes acabam perdendo as promoções das companhias aéreas.
“Dependemos 100% da internet e, quando não temos, ficamos de mãos atadas. Isso tem causado muitos prejuízos às agências de viagens. Trabalhamos com venda e sempre abrem as promoções, os clientes fazem a programação e não conseguimos cumprir devido à falta do serviço”, diz.
O ex-taxista Francisco Araújo Medeiros, de 57 anos, há três anos, precisou entrar na Justiça também por prejuízos causados pela falta de telefonia. Ele chegou a ser indenizado em R$ 1,2 mil um ano após ingressar com a ação.
“Na época, fiquei alguns dias com meu aparelho sem serviço. Tinha uns clientes fiéis, bons, que só ligavam para mim. Neste período, alguns tentavam ligar para mim e não conseguiam. Fico revoltado com as constantes quedas do serviço”, fala.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Cruzeiro do Sul, Adriano Santos, também relata que a categoria deixa de lucrar com a queda do serviço telefônico. “É um abuso. Nosso trabalho depende muito da telefonia celular e é um sufoco quando o sistema cai. Prejudica tanto o taxista que luta para fidelizar seus clientes quanto os clientes que utilizam outros profissionais com quem não têm afinidade”, afirma.

Com a ação civil, Takao acredita que o problema das quedas estava “relativamente” controlado. “Oficiamos a Anatel solicitando informações técnicas (relatório de quedas e quais medidas a agência reguladora vem adotando) para que possamos juntar na ação que será julgada pelo Poder Judiciário”, reitera. A agência ainda está dentro do prazo para se pronunciar.
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