Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgada nesta quarta-feira (21) revela que um em cada três brasileir...
Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgada nesta quarta-feira (21) revela que um em cada três brasileiros concorda que a mulher vítima de estupro é, de alguma forma, responsável pela violência sexual sofrida. A pesquisa foi realizada pelo instituto Data folha.
Dos entrevistados, 30% afirmaram que concordavam com a seguinte afirmação: "A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada". O percentual foi o mesmo entre homens e mulheres.
Esse índice aumenta entre os idosos e adultos com mais de 35 anos e entre as pessoas com menor grau de escolaridade. O maior percentual de entrevistados que disseram concordar com a frase é da região Norte do país (38%).
Os participantes da pesquisa também foram questionados se concordavam com a frase "Mulheres que se dão ao respeito não são estupradas". 37% do total de entrevistados falaram que sim. O percentual foi maior entre os homens (42%) em relação às mulheres (32%).
Segundo a enquete, o índice dos que concordaram foi menor entre os adolescentes e jovens e entre as pessoas com nível maior de estudo. Moradores da região Sul foram as que mais disseram discordar da afirmação (30%).
Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgada nesta quarta-feira (21) revela que um em cada três brasileiros concorda que a mulher vítima de estupro é, de alguma forma, responsável pela violência sexual sofrida. A pesquisa foi realizada pelo instituto Datafolha.
Dos entrevistados, 30% afirmaram que concordavam com a seguinte afirmação: "A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada". O percentual foi o mesmo entre homens e mulheres.
Esse índice aumenta entre os idosos e adultos com mais de 35 anos e entre as pessoas com menor grau de escolaridade. O maior percentual de entrevistados que disseram concordar com a frase é da região Norte do país (38%).
Os participantes da pesquisa também foram questionados se concordavam com a frase "Mulheres que se dão ao respeito não são estupradas". 37% do total de entrevistados falaram que sim. O percentual foi maior entre os homens (42%) em relação às mulheres (32%).
Segundo a enquete, o índice dos que concordaram foi menor entre os adolescentes e jovens e entre as pessoas com nível maior de estudo. Moradores da região Sul foram as que mais disseram discordar da afirmação (30%).
Atendimento
Os pesquisadores do Datafolha fizeram ainda perguntas relacionadas à forma como as polícias lidam com as vítimas de violência sexual.
Para 50% dos entrevistados, a Polícia Militar não está bem preparada para atender mulheres que foram estupradas. Em relação ao atendimento da Polícia Civil, 44% dos participantes da pesquisa concordaram que as vítimas são bem acolhidas nas delegacias; 42% dos entrevistados discordaram disso.
"Embora na realidade a delegacia de mulher nem sempre ofereça um lugar acolhedor para as vítimas de violência, ela é o serviço de atendimento mais conhecido para a mulher em caso de violência", afirma a pesquisa.
Ainda segundo o levantamento, nem sempre a violência sexual sofrida pelas mulheres deixa marcas físicas. "Levar a sério uma denúncia de estupro não significa condenar sumariamente o suspeito, mas sim acolher a vítima, escutá-la, dar credibilidade a seu relato e buscar, através da devida investigação, a devida elucidação do caso".
Violência sexual
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), violência sexual é "qualquer ato sexual ou tentativa de obter ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção".
"Se na última década avançamos consideravelmente no debate sobre violência doméstica no Brasil, o debate sobre violência sexual permanece travado por uma série de tabus e disputas ideológicas, que inviabilizam o tratamento de questões fundamentais relativas ao atendimento das vítimas", diz a pesquisa.
Fonte: UOL
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